quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Chevrolet Onix: a grande aposta da GM


Com o Salão do Automóvel chegando, os fãs de carros mal conseguem conter a ansiedade em conhecer as novidades que estarão expostas no Pavilhão do Anhembi. Um dos grandes lançamentos da feira será o Onix, sucessor do veterano Corsa que chega com a responsabilidade de colocar a Chevrolet de volta na briga pela liderança entre os hatches. Mas o que podemos esperar deste novo modelo?

Totalmente desenvolvido no Brasil, o Onix (mesmo nome de uma pedra preciosa) traz design moderno, muito mais harmonioso que o Agile. A linha de cintura alta e a traseira com uma suave queda após as portas de trás dão um toque de esportividade. Mas quem já o viu pessoalmente diz ser inevitável a associação com o Gol G5. A semelhança fica ainda maior quando se olha o Onix por trás, tanto pelo desenho das lanternas quanto pelo formato da vigia em "V". Por dentro, o nível de acabamento deve ser superior aos populares, com vários materiais em comum com o Cobalt.

O Onix será oferecido com duas opções de motorização (1.0 e 1.4), ambas flex. O conjunto com 1-litro deve beirar os 75 cv com etanol, enquanto o 1.4 pode gerar pouco menos de 110 cv. Seguindo a nomenclatura adotada pela GM nos últimos lançamentos, as duas versões do hatch devem ser batizadas de LT e LTZ. Se será suficiente para concorrer com os recém-lançados Toyota Etios e Hyundai HB20, aí já é outra história...

Independente do potencial de seu novo modelo, fato é que a Chevrolet aposta todas suas fichas no Onix, tanto é que a avant-premiére do carro, marcada para a véspera do primeiro dia de imprensa do Salão, contará com a ilustre presença de Dan Akerson, CEO mundial da GM. O executivo será apenas uma das personalidades globais confirmadas na 27ª edição do Salão de SP. Prova de que o Brasil é, realmente, a bola da vez da indústria automotiva.

sábado, 6 de outubro de 2012

Etios: enfim, um Toyota popular


Não é só a Hyundai que está disposta a sacudir o segmento de carros populares. A gigante Toyota também entrou na dança, trazendo o Etios para tirar o sono de Volkswagen, Fiat e companhia. Mas vale a pena levar este japonês para casa?

Sua resposta pode ser negativa se olhar apenas para o design. Gosto não se discute, mas, vem cá, todos nós sabemos que o Etios não é tão arrojado quanto o HB20. Mesmo assim, o pequeno Toyota deve conquistar quem não liga tanto para estilo. Importante nele é o conteúdo, e nesse quesito ele se sai bem. Nada de motorzinho 1.0: o Etios é vendido no Brasil somente com opções 1.3 e 1.5, ambas com 16 válvulas e tecnologia flex. O propulsor de 1,3 litro entrega 84 cv com etanol e 90 cv com gasolina, enquanto o Etios 1.5 16V rende 92 cv com gasolina e 96,5 cv com o combustível etílico.



Quanto aos itens de série, embora a versão básica não tenha ar-condicionado nem direção hidráulica (itens oferecidos em todas as versões do HB20), todos os Etios saem da fábrica de Sorocaba (SP) com airbag duplo frontal. Para-choques pintados na cor da carroceria, porta-luvas refrigerado e avisos sonoro e visual do não afivelamento do cinto de segurança e abertura das portas também equipam a versão básica.

O Etios X agrega coluna de direção com regulagem de altura, aerofólio traseiro, direção elétrica, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), desembaçador do vidro traseiro e filtro no sistema de ventilação. Ar-condicionado é opcional. Já a versão XS agrega o cobiçado ar-condicionado, maçanetas e retrovisores na cor do veículo, sistema de som com CD player e entrada USB, conta-giros e vidros e travas elétricas nas quatro portas. Todas as versões citadas anteriormente são ofertadas somente com motor 1.3. A topo-de-linha XLS vem com propulsor 1.5 e componentes adicionais como faróis de neblina, grade dianteira com moldura cromada, rodas de liga leve de 15 polegadas, abertura do porta-malas por comando elétrico, travamento das portas por controle remoto e sistema de alarme.



Mais do que conteúdo ou design, o Etios traz na bagagem um diferencial importante: a marca Toyota, consagrada aqui e lá fora pela robustez e confiabilidade de seus veículos. A empresa promete dedicar o mesmo bom atendimento da rede autorizada aos donos do popular, e já afirmou até que vai aumentar o número de pontos-de-venda e intensificar o treinamento de seus funcionários para dar conta do crescimento no fluxo de clientes com a chegada do Etios. A garantia é de três anos, pouco frente aos cinco anos oferecidos pela Hyundai, mas bem mais do que a cobertura da concorrência mais "tradicional".

Os preços variam entre R$ 29.990 (versão básica sem opcionais) e R$ 42.790 (versão topo-de-linha).
Veja abaixo todos os valores:

Etios 1.3: R$ 29.990
Etios X 1.3: R$ 33.490
Etios X 1.3 (com ar-condicionado): R$ 36.190
Etios XS 1.3: R$ 38.790
Etios XLS 1.5: R$ 42.790




terça-feira, 2 de outubro de 2012

Hyundai HB20: você ainda vai ter um?


Dois coreanos estão dando o que falar na internet. O primeiro é o rapper PSY, que virou febre mundial com sua tresloucada dança de "Gangnam Style". O outro também tem raízes sul-coreanas, mas nasceu com nacionalidade brasileira. Já adivinhou quem é? Prazer, Hyundai HB20.

Fabricado em Piracicaba (SP), o HB20 promete tirar o sono das grandes montadoras como Volkswagen e Fiat. Afinal, desde a invasão coreana no Brasil é que esperávamos por um modelo mais acessível, reunindo todas as qualidades conhecidas dos carros daquele país (design moderno, preço competitivo, farta quantidade de equipamentos e garantia de cinco anos) em um carro adequado à realidade brasileira. A Kia tentou com o Picanto, mas foi prontamente derrubada - sim, é esse o termo certo - pelo governo e pelas montadoras rivais, que catapultaram a alíquota do IPI em 30 pontos percentuais para todos os veículos fabricados fora do Brasil, Mercosul e México. E de repente o pobre Picanto virou caro novamente. Pelo menos com a Hyundai parece que não vai ter jeito.

Oferecido em quatro versões de acabamento (Comfort, Comfort Plus, Comfort Style e Premium, esta última apenas para o 1.6), o HB20 é vendido com duas opções de motorização: o moderno Kappa 1.0 de três cilindros usado no Picanto, que rende até 80 cv com etanol, e o potente 1.6 Gamma de 16 válvulas idêntico ao do Kia Soul, preparado para 128 cv. No caso do 1.6, é possível escolher entre o câmbio manual de cinco marchas e o automático de quatro velocidades - ainda não é desta vez que a caixa automática de seis marchas do Soul será usada no HB20.



O coreano também faz bonito na lista de equipamentos. Se os freios ABS ainda não são oferecidos de série, pelo menos o compacto traz os itens mais desejados pelo consumidor. Por isso, entenda-se ar-condicionado, airbag duplo frontal, computador de bordo, abertura interna da tampa de combustível, regulagem de altura no banco do motorista, espelhos no para-sol e vidros verdes. A versão topo-de-linha é a 1.6 Premium, recheada com acendimento automático de faróis (com moldura em alumínio), painel com acabamento em dois tons, banco traseiro bipartido, rede no porta-malas, rodas de liga leve aro 15 (incluindo o estepe).

Mais do que o conteúdo, o HB20 chamará atenção pelo design. Fruto de três anos de trabalho, o estilo esportivo está em sintonia com a filosofia de estilo adotada pela Hyundai em seus modelos mais caros. Não é difícil notar traços de Elantra e Sonata pela carroceria do hatch, que usa e abusa dos vincos e formas arrojadas, com destaque para os faróis espichados e o formato pouco usual das lanternas.



Os preços do HB20 variam entre R$ 31.995 e R$ 47.995, batendo de frente com pesos-pesados da categoria, como VW Gol e Fiat Palio. A garantia de cinco anos sem limite de quilometragem é um diferencial, já que a concorrência oferece, no máximo, quatro anos de cobertura.

Ainda é cedo para afirmar que o HB20 será um sucesso no mercado brasileiro, principalmente porque ele sequer chegou às lojas - o que acontecerá somente no dia 10 de outubro. O HB20 precisará se mostrar forte em itens fundamentais, como rede de concessionárias (hoje formada apenas por lojas do Grupo CAOA, será formada também por pontos de venda da Hyundai Motor Brasil, ou simplesmente HMB) e o serviço de pós-venda, bastante criticado pelos proprietários de outros veículos da marca. Será preciso também superar outra gigante da indústria asiática, a Toyota, que acaba de entrar na briga com o Etios. De qualquer maneira, o HB20 e a Hyundai ingressam no segmento mais popular do Brasil com força total, mostrando que não estão dispostos a perder dinheiro. E nem consumidores.


sábado, 29 de setembro de 2012

Novos Logan e Sandero


Talvez muita gente (ou todo mundo) discorde, mas admito que sempre tive simpatia pelo Logan. Não pelo seu visual, digamos, "peculiar" - ou feio, como queira -, mas sim por todo o "resto". Por isso, entenda-se espaço interno generoso (quem já andou no banco traseiro ou encheu o gigantesco porta-malas sabe do que estou falando), bons motores - o 1.6 16V é muito adequado para o carro - e câmbio com engates suaves e precisos. É um carro honesto, sem frescuras, que não faz questão de ser aquilo que não é. Gosto dele, e ponto.


Mas não dá para negar a evolução na segunda geração do Logan. A reestilização caiu bem para o sedã, que ficou muito mais atraente. Pode não ser um exemplo de design arrojado, mas o ar de "carro dos anos 90" faz parte do passado. O Logan agora tem presença e deve conquistar novos consumidores, que o descartavam prontamente pelo visual, quando chegar às ruas europeias - e brasileiras também.


É isso mesmo: o novo Logan será vendido pela Renault no Brasil. Caminho idêntico seguirá o Sandero, outro modelo desenvolvido para mercados emergentes. Se o hatch não padecia do estilo polêmico do Logan em sua primeira geração, ele também não foi unanimidade. Pelo menos agora ele deve seduzir um número maior de motoristas.


Se você tem ou pretende comprar um destes modelos, talvez valha a pena esperar um pouco mais. A renovada dupla deve desembarcar por aqui no primeiro semestre de 2013.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Novo Golf: vem pro Brasil ou não?


Houve um tempo em que o Golf era "o" carro no Brasil. Lá pelo fim dos anos 90, nove entre dez jovens motoristas sonhavam em comprar o belo hatch da VW. O décimo tinha um na garagem.

Naquele tempo, a Volkswagen investira milhões de reais na construção de uma fábrica em São José dos Pinhais (PR), então uma das mais modernas do mundo. O Golf era praticamente idêntico ao europeu, e tinha até uma apimentada versão GTI, com o mesmo motor 1.8 Turbo do A3 (outro sonho de consumo produzido por aqui), preparado para render 150 cv ou 180 cv. A quarta geração do Golf era um sucesso, e conseguiu honrar o status conquistado por seu antecessor em terras brasileiras.

Pena que pouca coisa mudou desde então. Enquanto ficava cada vez mais moderno e desejável na Europa, por aqui o Golf parou no tempo. Em 2007, a VW surpreendeu (negativamente) os fãs do carro, dando as costas para a então quinta geração do modelo e optando por uma polêmica reestilização, que resiste até hoje com o apelido informal de "Golf Geração 4,5".



Com a apresentação da sétima geração do Golf no Salão de Paris, fica a dúvida: será que, enfim, a Volkswagen venderá o hatch por aqui? Questionado pela imprensa brasileira, o CEO da Volkswagen, Martin Winterkorn, tentou desconversar e disse que o Golf VII chegará ao Brasil "em alguns anos". Há quem diga que ele desembarca aqui em 2013, vindo diretamente do México, onde poderia ser fabricado para abastecer os mercados das Américas. Nada impossível, já que o acordo comercial firmado com os mexicanos é que viabiliza a venda de modelos como o sedã Jetta no mercado brasileiro.

Enquanto não sabemos se o Golf VII realmente virá para cá, resta-nos conhecê-lo melhor por meio destas fotos e de vídeos como este da ActuAuto.

domingo, 12 de junho de 2011

Leaf e March no Brasil!



Se você está em São Paulo, o Nissan Inova Show é uma boa sugestão de programa para este domingo. Além de exibir toda a linha de produtos à venda no país, o evento organizado pela Nissan mostra duas das novidades mais recentes da marca no mundo: o March, que será o primeiro popular de uma marca japonesa a ser vendido aqui, e o Leaf, primeiro carro elétrico produzido em série pela montadora. E o melhor é que você pode dirigir os dois veículos.

Quem gosta de automóveis provavelmente já conhece o March. O compacto foi mostrado pela primeira vez no último Salão do Automóvel, realizado no fim de 2010. Com lançamento previsto para outubro, o modelo será vendido com duas opções de motorização (1.0 16V e 1.6 16V, ambas flex).

Os detalhes sobre o March ainda são poucos, mas sabe-se que ele manterá o (bom) padrão de qualidade adotado pela Nissan em seus carros. Se vier com preço competitivo - durante o Salão, a empresa comentou valores entre R$ 26 mil e R$ 34 mil -, pode dar bastante trabalho para as marcas mais tradicionais.



Já o Leaf é a sensação da Nissan lá fora. O veículo é 100% elétrico e possui um motor com 80 kW, o que equivale a 107 cv. Sua autonomia é de 160 quilômetros e ele pode ser recarregado em qualquer tomada - o tempo de recarga varia entre oito e 22 horas, de acordo com a voltagem. Caso o comprador opte por parar em um dos pontos de recarga rápida, 80% das baterias de íon-lítio são totalmente recarregadas em apenas 30 minutos. Não faltam recursos como o sistema de freios regenerativos, que aproveita a energia que seria desperdiçada nas frenagens, e o modo Eco, que deixa o carro menos potente para poupar eletricidade.

Nos EUA, o Leaf custa cerca de US$ 25 mil por conta dos incentivos concedidos pelo governo norte-americano a quem compra um veículo ecológico. Aqui, o modelo não deve chegar tão cedo, mas se fosse vendido hoje, o motorista teria de pagar mais de R$ 100 mil pelo Leaf. Definitivamente um valor proibitivo demais para um carro tão atraente.

Nissan Inova Show
Data: até 12 de junho
Local: Estacionamento do Playcenter (Rua Doutor Rubens Meirelles, 380 - Barra Funda)
Entrada: grátis

Até a próxima!

Vitor

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Olho vivo na Hyundai!


Há duas décadas, quem comprasse um carro coreano era chamado de louco. Hoje, a realidade é outra: as montadoras daquele país evoluíram, tanto no design quanto na qualidade da construção de seus veículos, e rapidamente conquistaram o consumidor brasileiro.

A Hyundai figura entre uma das expoentes da indústria automobilística da Coreia do Sul e pretende crescer ainda mais por aqui. O primeiro passo foi dado com a representação do grupo CAOA, que aumentou o número de concessionárias e cativou o brasileiro com agressivas – e nem sempre politicamente corretas – campanhas de marketing e propaganda.

Mas a tacada de mestre será dada pela própria Hyundai Motor Corp., com a inauguração da pedra fundamental de sua primeira fábrica de automóveis de passeio no país, localizada em Piracicaba, no interior de São Paulo. A planta foi apresentada na última sexta-feira, 25 de fevereiro, na presença de autoridades (como o governador do estado, Geraldo Alckmin) e alguns dos executivos mais importantes da empresa.

As metas da Hyundai são bastante ousadas: a montadora prevê fabricar 150 mil veículos por ano a partir de 2012 e quer conquistar 10% do mercado, o que tiraria a Ford do quarto lugar em vendas. O plano é sustentado por um investimento expressivo: a Hyundai aplicará 600 milhões de dólares na construção da fábrica piracicabana, sendo que os fornecedores pretendem injetar mais 300 milhões de dólares. De quebra, a empresa prevê que vai gerar cerca de 3.800 empregos diretos.

E qual será o modelo fabricado nesta nova fábrica? O compacto HB – nome provisório do projeto, que ainda não foi batizado – será a nova arma da marca em um dos segmentos mais disputados por aqui, o dos carros populares. A promessa da Hyundai é oferecer um produto competitivo e moderno com o padrão de qualidade que já é conhecido de outros modelos da marca, como o ix35 e o i30.

Ainda é cedo para dizer se a Hyundai conseguirá de fato entrar para o seleto grupo das quatro maiores montadoras de carros do Brasil. Mas, se considerarmos o salto de qualidade que os coreanos conseguiram dar de vinte anos para cá, não devemos duvidar da capacidade destes asiáticos. Quem agradece é o consumidor.

Até a próxima!

Vitor

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