sábado, 18 de abril de 2009

Coreanos: a nova revolução começou






Há até algumas décadas atrás, os carros sul-coreanos eram motivo de piada no mercado automotivo. Pouco confiáveis e não muito bonitos - para não dizer "feios" mesmo -, eles eram facilmente deixados para trás por alemães, japoneses e italianos.

Mas os tempos são outros e a história também mudou. As montadoras da Coréia do Sul começaram a investir em tecnologia e design e rapidamente começaram a ganhar destaque. Hoje, eles são respeitados e apontados como ameaças pelas fabricantes mais tradicionais, especialmente pelos norte-americanos.

No Brasil, Kia Motors e Hyundai não desfrutavam de muita popularidade até o ano 2000. Enquanto a primeira era famosa pelos seus utilitários de nomes esquisitos - vide a famosa Besta, que dispensa apresentações -, a segunda era pouco conhecida pela maioria.

Mas as estratégias agressivas - como garantia de quatro ou cinco anos e os preços competitivos - e o lançamento de produtos de qualidade surtiram efeito. E não é difícil encontrar cases de sucesso entre essas montadoras.

Pelos lados da Kia, o Picanto chegou sem alarde, mas logo conquistou seus fãs pela ótima relação custo/benefício: com airbag duplo, ar-condicionado, direção hidráulica, câmbio automático e trio elétrico, o compacto é vendido pelo mesmo preço da concorrência (entre R$ 35 mil e R$ 40 mil), que em muitos casos sequer oferece tais itens como opcionais. Tudo isso com impressionantes cinco anos de garantia. O utilitário Sportage, o sedã Magentis e o monovolume Soul prometem seguir o mesmo caminho de sucesso.

Já na Hyundai, o Tucson é o destaque. O SUV também aposta na grande lista de itens de série, aliado a um design moderno e imponente. Assim, não tardou para que o modelo assumisse a liderança em seu segmento. Até hoje, o carro figura entre os mais vendidos, superando inclusive concorrentes mais tradicionais.

De quebra sua fama também ajudou outros veículos da marca, como o sedã Azera (outra boa opção em sua categoria), o também SUV Santa Fe e o i30, que promete causar furor entre os hatches médios. O Genesis, cuja versão cupê pode chegar ao país por atraentes R$ 110 mil, também é uma boa promessa.

Com fábricas confirmadas no país (a Hyundai se estabelecerá em Piracicaba, enquanto que a Kia escolheu a cidade de Salto, ambas no interior paulista), as marcas devem investir pesado no Brasil, alternativa mais do que atraente diante da recessão que abala os países desenvolvidos. Se as japonesas chegaram nos anos 90 causando frisson, é natural esperar um fenômeno parecido com os coreanos. A concorrência que se prepare.

Até a próxima!

Vitor

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