Linha 2009: novidades?
Todos sabem que o ano tem doze meses. Sendo assim, como estamos no final de julho, ainda temos cinco meses pela frente até a chegada do próximo ano, certo? Nem sempre. Para as montadoras, a história não é bem assim. Ultimamente, a linha 2009 de alguns modelos chega cada vez mais cedo às concessionárias. O que dizer do Ford Ka, lançado em fevereiro como, pasmem, modelo 2009?
À frente de seu tempo também está o sedan Corolla, revelado pela Toyota ainda no primeiro quadrimestre. Em maio, foi a vez da Volkswagen apresentar o Gol para o ano que vem. O problema é que o hatch exibido era o Geração 4, e não o novíssimo compacto conhecido pela alcunha NF.
O problema é quando as novidades acrescentadas ano após ano ganham proporções exageradas. Foi o que fizeram a Chevrolet e, mais recentemente, a Fiat. Para anunciar a chegada do Prisma, o release divulgado pela montadora destacava a maior “inovação” (nas palavras do próprio comunicado) do modelo: a barra cromada frontal.
Deslize igual cometeu a Fiat ao anunciar a linha Palio 2009 na última semana. A direção hidráulica é de fato um item relevante na nova versão do compacto, e foi citada no texto repassado à imprensa (clique aqui para conferir). Entretanto, causa estranheza o destaque para “...a nova logomarca da Fiat na dianteira, na traseira, no volante e nas calotas, nas rodas e na chave preta” e o “...novo reposicionamento das siglas traseiras, agora alinhadas com a logomarca”.
É difícil acreditar que tais itens realmente sejam decisivos na compra de um carro. Também é evidente que as montadoras não podem – e nem devem, por respeito ao consumidor – promover alterações a esmo em um curto período de tempo. Tanto é que podemos tomar como exemplo a própria Fiat, que, ao reestilizar o Palio, sofreu com a revolta de alguns consumidores que haviam acabado de adquirir o hatchback.
Resumindo, a culpa não é exclusivamente das montadoras. É claro que é preciso informar todas as mudanças ao consumidor – a parte mais importante deste processo -, mas é necessário ter bom senso para saber como repassar a informação. Grande parte da responsabilidade é das assessorias, que enaltecem alterações mais discretas e menos importantes do que um novo item de série, por exemplo. Seria melhor para a imagem dos profissionais que lidam com a mídia e também dos próprios fabricantes.
Até a próxima!
Vitor
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