domingo, 23 de dezembro de 2007

Recalls: melhor prevenir do que remediar



Muitos carros são famosos por sua resistência e durabilidade. Mas, de uns tempos pra cá, alguns consumidores têm tido dor de cabeça com outros problemas: são pequenos defeitos que podem causar sérias conseqüências, motivando os recalls. Só nesse ano foram 256 mil proprietários convocados, número aparentemente espantoso, mas inferior à quantidade de veículos chamados nos dois últimos anos (369 mil em 2006 e 265 mil em 2005).

Se tais dados motivam críticas, é bom saber que felizmente ainda estamos engatinhando na “indústria dos recalls”. Enquanto nos Estados Unidos o número de convocações foi de 525 em dois anos, por aqui chegamos a 57 chamadas no mesmo período, segundo o jornal “O Estado de São Paulo”.

Além da maior produtividade da indústria norte-americana, existe outro motivo que justifica o baixo número de reparos: a reputação da marca. Mariana Reis, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, afirma que “aqui as empresas acham que mancharão o seu nome ao fazer um recall”. Sem dúvida, uma postura antiquada e, principalmente, desrespeitosa com o cliente.

A Chevrolet encabeça o ranking das montadoras com maior incidência de recalls, com 55% do total de veículos convocados no país desde 2000, seguida por Fiat (11,6%) e Ford (8.9%). O Corsa é o recordista em chamadas, com nove, seguido pelo seu irmão Celta (sete recalls) e o utilitário Blazer, com seis. Fiesta e Cherokee Sport fecham a lista com o mesmo número do SUV.

Vale lembrar que, em um passado não muito distante, o hatchback da GM protagonizou o maior recall do Brasil, convocando um milhão de proprietários para a instalação de um reforço na presilha dos cintos de segurança dianteiros. Curiosamente, meses depois, o Palio também passou por um episódio semelhante envolvendo a mesma peça, que se rompeu após um crash-test realizado pela revista Quatro Rodas.

Como se vê, os recalls são um mal necessário. Imagina-se que toda a dor de cabeça dos proprietários poderia ser evitada, mas enquanto isso não acontece, pelo menos é uma atitude que demonstra um pouco de consideração com o consumidor.

Até a próxima!

Vitor

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