Kombi: uma senhora mais do que enxuta
Precursora do conceito de minivans quando este sequer existia, a Kombi foi lançada oficialmente no país em 1957, apesar de já rodar pelas nossas ruas desde o começo daquela década, quando ainda era importada da Alemanha. Apesar do motor fraco, das linhas um tanto quanto diferentes – para não dizer esquisitas – e do alto nível de ruído, aos poucos o carro logo conquistou o brasileiro por sua versatilidade, pois podia carregar carga e, eventualmente, transportar até nove passageiros com relativo espaço. Não demorou muito para ser adotada como o carro oficial das grandes famílias. Além disso, o vão livre de 24 centímetros em relação ao solo e a tração traseira representavam a combinação ideal para quem precisava trafegar em estradas de terra, algo comum na época.
Ao longo de sua trajetória no Brasil, a Kombi sofreu duas reestilizações (a última delas em 1997, quando ganhou a tão esperada porta lateral corrediça) e passou por duas trocas de motor. Atualmente, o propulsor EA-111 1.4 refrigerado à água – o mesmo que equipa o Fox Europa – é o responsável por impulsionar os 1.256 quilos do veículo, produzido apenas no Brasil em uma linha de montagem que dispensa o uso de robôs. Goste ou não dela, não há como negar que a Kombi é uma das lendas vivas da história da indústria automobilística mundial e merece todo o respeito. Em um dia em que esportivos como Ferrari, Lamborghini e Aston Martin circulavam pelas proximidades da Kombinata, evento realizado pela Confraria do Fusca em São Paulo, as Kombis foram as donas da festa.
Até a próxima!
Vitor
1 Comentário:
Vitor, você tem toda razão. Lendo o seu texto relembrei uma história incrível que vivi aos 9 anos de idade a bordo de uma Kombi. Eu e a minha melhor amiga, Renata, detestávamos o motorista da Kombi escolar. Ele não tinha feito nada de errado, era só uma antipatia espontânea. Decidimos irritá-lo. Era junho e combinamos de fazer uma festa junina voltando da escola num dia de aula comum, dentro da Kombi, claro! Nem sei se ele se importou com o fato. Não pedimos autorização e também não convidamos ninguém para a festa, nem as outras pobres criancinhas que não tinham culpa da nossa raiva infantil pelo motorista. Ocupamos o porta-malas, penduramos bandeirinhas coloridas e devoramos uma cesta com comidas típicas. Foi a melhor festa junina da minha vida. Personalizada, com gostinho de provocação e inédita, a única festa junina na Kombi de que já ouvi falar! hehe
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