A primeira impressão é a que fica?

“Premium” é um termo em moda no batismo de novos produtos. Mais do que uma tentativa de agregar valor, a palavra da língua inglesa busca ressaltar os atributos e dar status, algo que vende (e muito) também no mundo dos carros. E é assim que a Fiat anuncia seu compacto Punto, um “sporthatch sem concorrentes” no mercado brasileiro. De fato, é impossível não notar a veia esportiva do carro, “culpa” do belo design de Giugiaro. As linhas seguem a típica escola italiana, com traços marcantes e elementos de estilo que lembram os esportivos da terra da bota, como o próprio Maserati Coupé.

Por dentro, a posição de dirigir é agradável e os comandos estão ao alcance do motorista. Quem já se sentou ao volante de um Stilo fica com uma estranha sensação de dejà-vu, graças ao discreto, porém elegante painel. A mesma qualidade, porém, não é notada no acabamento das portas, simples demais para um veículo com pretensões de ser um compacto premium (a versão exposta no showroom da concessionária era a HLX 1.8). Nesse aspecto, o seu concorrente direto Polo ainda está acima da média, graças a sua construção esmerada e preocupação nos mínimos detalhes, algo raro até mesmo dentro da própria Volkswagen. O espaço interno, especialmente para os passageiros de trás, também é superior no compacto fabricado no ABC Paulista. É nessas horas que o Punto deixa de lembrar o médio da Fiat e se assemelha ao seu irmão menor, o Palio, com quem divide a plataforma e alguns componentes, inclusive os motores de 1,4 e 1,8 litro.

O Punto será bem sucedido? Difícil saber, mas suas chances são grandes. Especialmente entre aqueles que compram o carro pela aparência. Agora, se a escolha do consumidor não se limitar apenas a um rostinho bonito, as coisas podem mudar. Até porque gosto não se discute.

Até a próxima!

Vitor