domingo, 22 de julho de 2007

Festival do Japão: muito mais do que sushis



Sushis, danças típicas e... carros. Quem foi ao 10º Festival do Japão, realizado no último final de semana no Centro de Exposições Imigrantes, pôde conferir de perto grande parte dos produtos de três das quatro montadoras nisseis (a quem possa interessar, “nisseis” são os brasileiros cujos pais são nascidos na Terra do Sol Nascente) presentes no mercado nacional. Teve espaço até para um lançamento exclusivo: a primeira apresentação do Nissan Tiida ao grande público. O médio, que será apresentado à imprensa nas próximas semanas, vem para disputar mercado com Golf, Stilo, Astra e 307. Seu design, um pouco controverso, segue as últimas tendências da marca, com traços de seus primos 350Z, Sentra e Murano. Equipado com um propulsor 1.8 16V, o Tiida desenvolve 128 cavalos e oferece como diferenciais um sistema que dispensa o uso da chave para destravar ou dar a partida, mimo até então restrito aos veículos de alto luxo. A um valor na casa dos R$ 50 mil, o Nissan promete dar trabalho.

A discreta presença da Toyota parecia uma postura digna dos reservados nipônicos (algo que eu, como descendente de japoneses, conheço muito bem). A atual líder de vendas globais optou por expor o seu campeão de vendas Corolla, sua variação Fielder e o Novo Camry, sedan de luxo com linhas que serviram como base para a nova geração do principal sedan da montadora, que deve desembarcar por aqui no próximo ano. Hilux e SW4 foram ausências sentidas pelo público.



Mas nenhuma delas chamou mais a atenção do que a Honda. Mesmo sem lançamentos, as atenções se dividiram entre duas estrelas: Civic e CR-V, com destaque para o primeiro, alvo de cobiça de muitos motoristas. Um dos melhores e mais modernos automóveis em produção no Brasil, o três volumes enfrenta uma situação curiosa: a planta de Sumaré não está conseguindo abastecer a demanda do mercado, já que os concessionários Honda não param de receber pedidos de compra. Fit e CR-V (outro que chama muito a atenção por suas belas linhas) também sofrem do mesmo mal. Um mal que toda montadora gostaria de ter, diga-se. Destaque para o chamativo Civic Si vermelho, motivo de muitos suspiros no Festival do Japão.

Parafraseando uma famosa campanha da Fiat, se você ainda nutre algum tipo de preconceito contra os carros japoneses, é hora de rever os seus conceitos. Qualidade, boa relação custo/benefício e confiabilidade mecânica são predicados que sempre acompanharam os veículos nipônicos. Nem seria preciso somar a essa lista o design arrojado e tecnologia embarcada para chegar a uma conclusão: antes de trocar de carro, dê uma passadinha nos revendedores de Toyota, Honda, Mitsubishi e Nissan. Certamente você não irá se arrepender.

Até a próxima!

Vitor

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