O milagre da multiplicação

Você sabe como funciona a política de criação de novos lanches em redes de fast-food, como o McDonald’s? Basta pegar um ou outro ingrediente, acrescentar a uma base – no caso, um sanduíche – já existente e... pronto! Eis um novo hambúrguer para ser lançado nas lanchonetes de todo o país.

A tática pode até dividir opiniões, mas é muito eficiente para atender a demanda de grande escala e de clientes ávidos por novidades. A Fiat do Brasil que o diga. Se você não entendeu, veja o exemplo da picape Strada. Atualmente, são três opções de carroceria (cabine simples, estendida ou dupla) e duas motorizações (1.4 e 1.8, ambas flex), disponíveis em quatro versões: Fire, Working, Trekking e Adventure.

Em breve, a linha ganhará uma quinta variante, a Sporting. A “filosofia McDonald’s” aparece nos detalhes: as rodas são do Punto Sporting e os faróis vieram do Palio 1.8 R. Os cintos de segurança pouco discretos na cor vermelha também foram emprestados do compacto, assim como a cobertura da capa do motor.

Sob o capô, o conjunto é o velho conhecido 1.8 Flex, herança do finado acordo com a GM (que ainda utiliza o motor na família Corsa e na minivan Meriva). O propulsor deve ser utilizado apenas até a chegada do novo conjunto 1.6 Tritec, que deve ocorrer no segundo semestre.

A prática de compartilhar peças e acessórios entre modelos da mesma marca não é exclusividade da Fiat. A Ford, por exemplo, aproveita os difusores de ar redondos do Ka em outros carros, como a linha Fiesta e o EcoSport. Na VW, o volante do requintado Passat CC foi democratizado e equipa o Gol I-Motion e o novo Fox. Como se vê, a filosofia aplicada pelo McDonald’s tem seus adeptos em vários segmentos. Inclusive na indústria automotiva.

Até a próxima!

Vitor