Dia Internacional do Fusca
Eis um evento que não poderia passar em branco aqui no Motor Haus: hoje, 22 de junho, é comemorado o Dia Internacional do Fusca! Data na qual foi assinado, em 1934, o contrato que dava o sinal verde para o início da produção do Sedan, que por aqui ganhou o simpático apelido de Fusca, fruto da dificuldade em pronunciar a palavra "Volks" (povo). Conta-se que os cariocas o chamavam de "fokswagen", alcunha logo reduzida para "foks" e, por fim, Fusca. Curiosamente, o nome só foi adotado oficialmente pela VW do Brasil na década de 1980.
O nascimento do Fusca se confunde com a história alemã, na época tomada pelo nazismo de Adolf Hitler. Foi em 1934 que o führer lançou um desafio aos projetistas da época: criar um carro compacto, barato e com motor refrigerado a ar, devido às baixíssimas temperaturas do rigoroso inverno germânico. Venceu o projeto de um então jovem engenheiro chamado Ferdinand Porsche (sim, ele mesmo), e muitos protótipos foram construídos nos anos seguintes até que se chegasse ao produto final. Vale lembrar que nesse meio tempo, houve o estouro da Segunda Guerra Mundial, o que obrigou os fabricantes a produzirem veículos militares sob a base do Fusca. O mais famoso deles foi o Schwimmwagen, tão raro quanto o conversível Hebmüller. Felizmente, alguns poucos estão nas mãos de pouquíssimos colecionadores mundo afora, inclusive no Brasil. A produção normal foi retomada após a guerra pelos ingleses, e daí em diante começaria a ser exportado para outros países. O Fusca começava a ganhar o mundo.
No Brasil, os primeiros carros desembarcaram em Santos no final de 1950, e três anos depois, começavam a ser fabricados em um galpão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Ao contrário do que muitos pensam, porém, o carrinho não foi o primeiro modelo da Volkswagen por aqui, posto este que pertence à veterana Kombi. Foi apenas em 1957 que os Fuscas começaram a ser montados na planta de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Ao longo dos anos, o carro recebeu mais de mil modificações em relação ao projeto original, mas sem perder suas principais características: a robustez e o baixo custo de manutenção, pontos chave para o sucesso do carro até 1986, ano em que sua produção chegou ao fim.
Entretanto, em 1993, o então presidente Itamar Franco sugeriu o relançamento do Fusca, o que aconteceu no mesmo ano. Com itens de acabamento vindos do Gol e outros equipamentos incomuns a um Fusca, o carro foi produzido até 1996 e é uma raridade disputada a tapa por colecionadores. O último país a deixar de produzir o besouro foi o México, em meio a uma comoção nacional, no ano de 2003. Na ocasião, foi lançada a Última Edición, série ainda mais disputada mundo afora. Sabe-se que a Volkswagen do Brasil trouxe 15 desses modelos para cá, que ficaram nas mãos de executivos e colecionadores da marca.
Em 1999 o mito volta mais uma vez, mas dessa vez resgatando apenas sua imagem carismática por meio do New Beetle, muito mais moderno e atual do que seu antepassado. Como era de se esperar, não demorou para sua "reencarnação" tornar-se símbolo fashion e cool de uma nova geração. Parte da história dos brasileiros (quem nunca andou ou teve uma experiência marcante a bordo de um?), o Fusca é odiado por alguns, mas queridos por muitos! Vida longa ao besouro!
Até a próxima!
Vitor
O nascimento do Fusca se confunde com a história alemã, na época tomada pelo nazismo de Adolf Hitler. Foi em 1934 que o führer lançou um desafio aos projetistas da época: criar um carro compacto, barato e com motor refrigerado a ar, devido às baixíssimas temperaturas do rigoroso inverno germânico. Venceu o projeto de um então jovem engenheiro chamado Ferdinand Porsche (sim, ele mesmo), e muitos protótipos foram construídos nos anos seguintes até que se chegasse ao produto final. Vale lembrar que nesse meio tempo, houve o estouro da Segunda Guerra Mundial, o que obrigou os fabricantes a produzirem veículos militares sob a base do Fusca. O mais famoso deles foi o Schwimmwagen, tão raro quanto o conversível Hebmüller. Felizmente, alguns poucos estão nas mãos de pouquíssimos colecionadores mundo afora, inclusive no Brasil. A produção normal foi retomada após a guerra pelos ingleses, e daí em diante começaria a ser exportado para outros países. O Fusca começava a ganhar o mundo.
No Brasil, os primeiros carros desembarcaram em Santos no final de 1950, e três anos depois, começavam a ser fabricados em um galpão alugado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Ao contrário do que muitos pensam, porém, o carrinho não foi o primeiro modelo da Volkswagen por aqui, posto este que pertence à veterana Kombi. Foi apenas em 1957 que os Fuscas começaram a ser montados na planta de Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Ao longo dos anos, o carro recebeu mais de mil modificações em relação ao projeto original, mas sem perder suas principais características: a robustez e o baixo custo de manutenção, pontos chave para o sucesso do carro até 1986, ano em que sua produção chegou ao fim.
Entretanto, em 1993, o então presidente Itamar Franco sugeriu o relançamento do Fusca, o que aconteceu no mesmo ano. Com itens de acabamento vindos do Gol e outros equipamentos incomuns a um Fusca, o carro foi produzido até 1996 e é uma raridade disputada a tapa por colecionadores. O último país a deixar de produzir o besouro foi o México, em meio a uma comoção nacional, no ano de 2003. Na ocasião, foi lançada a Última Edición, série ainda mais disputada mundo afora. Sabe-se que a Volkswagen do Brasil trouxe 15 desses modelos para cá, que ficaram nas mãos de executivos e colecionadores da marca.
Em 1999 o mito volta mais uma vez, mas dessa vez resgatando apenas sua imagem carismática por meio do New Beetle, muito mais moderno e atual do que seu antepassado. Como era de se esperar, não demorou para sua "reencarnação" tornar-se símbolo fashion e cool de uma nova geração. Parte da história dos brasileiros (quem nunca andou ou teve uma experiência marcante a bordo de um?), o Fusca é odiado por alguns, mas queridos por muitos! Vida longa ao besouro!
Até a próxima!
Vitor
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